Tribos urbanas
Assim como ocas ocas,
Sem seus índios
Que saíram para caçar...
E foram caçados
Pelo ser (des) humano...
Mas, mano, vamos à realidade paralela:
Os índios voltaram com a caça,
Com a raça, a graça,
O pescado, o suor bento
E o ensejo para um ditoso festejo.
O precipício perdeu boa parte do seu encanto,
Deixando fraco canto
E a sensação de não ser mais original.
As estrelas tornaram-se mais convidativas,
E o amor na ativa,
Com sua calentura e seu interminável brilho,
Astuciosamente esculpe o seu brio:
Antônio Francisco Lisboa – atemporal.
Vem à luz amistosa,
A luz da Lua cheia;
Centelha, faceira,
Que parece acariciar o vento.
A luz e o vento
Caminham pelas ruas de pedras
Através das sombras dos postes,
Driblando os bêbados e árvores.
Dobram as esquinas
E passam de janela em janela,
De porta em porta.
Passam pelas casas antigas,
Casas recentes e silentes,
Casas de Ouro Preto.
Por longas datas as bocas gritaram,
Cantaram e se tocaram em desejos.
Corações se uniram
E se iluminaram em suas vielas.
As bocas deles e delas
Perpetuaram e protegeram
Todo o – e o de sempre – luar.
O lugar e o legado,
Agora foram contidos pelo silêncio.
São todos – é tudo!
Só por um instante:
Um minuto de tributo!
André Anlub®
(16/11/14 – releitura 2017)
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